domingo, 18 de julho de 2010

Matemática política - Para conquistar evangélicos, Dilma pode contrariar homossexuais

Deu na coluna Radar da revista Veja desta semana: o presidente do Conselho Nacional de Pastores do Brasil, o pastor Manoel Ferreira, aceita ser o coordenador da campanha junto aos evangélicos. O problema é o “desde que”. Ferreira exigiu e Dilma aceitou. Ela prometeu que, se for eleita, não irá estimular a discussão ou tomar iniciativas em prol de causas que desagradam fortemente os evangélicos. São exemplos a legalização do aborto e a união estável entre homossexuais. “Dilma aceitou a proposta do pastor para que esses temas só sejam discutidos no Congresso por iniciativa dos próprios parlamentares, nunca do Executivo”, explica a nota de Lauro Jardim.

Segundo pesquisa do Datafolha, divulgada este ano, 25% dos brasileiros são evangélicos, o que corresponde a mais de 48 milhões de pessoas. Por outro lado, aproximadamente 18 milhões brasileiros são homossexuais, o equivalente a 9,3% da população. Então, pragmaticamente, pode-se dizer que Dilma vai sair no lucro? A matemática não é tão simples. Em 2009, o Ministério da Saúde divulgou “a maior pesquisa já realizada sobre comportamento sexual do brasileiro”. O estudo revelou que 10% dos homens e 5,2% das mulheres, entre 15 e 64 anos, já tiveram relação sexual com pessoa do mesmo sexo. Ou seja, o fator surpresa pode estar “dentro do armário” (por Bárbara Souza para o Política Hoje).

Nas próximas eleições, é preciso analisar bem e só escolher candidatos que, de fato, estejam comprometidos com as causas das minorias sociais e não, apenas, em chegar ao poder. E Para quem pensa que na política se resume a uma disputa inescrupulosa e nojenta pelo poder, favor ler a postagem abaixo, enviada para mim, por uma querida borboletinha que eu, Coccinelle, amo por demais da conta sô.

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