De acordo com Relatório 2010 da Anistia Internacional, o Brasil, ao lado do Irã, Turquia e Zimbábue, é um dos países que mais persegue e discrimina os homossexuais. Diz o Relatório: “no Brasil centenas de membros das minorias sexuais foram assassinados nos últimos anos”. De acordo com o presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), o historiador Marcelo Cerqueira, 198 gays, lésbicas, travestis e transsexuais foram assassinados no Brasil apenas no ano de 2009. É possível que esse dado seja superior ao número apresentado, haja vista que tal cifra se refere tão somente aos crimes que foram divulgados nos noticiários impressos nacionais e às denúncias que chegaram até o GGB. Todos esses crimes, porém, têm um denominador comum: eles foram motivados pelo ódio às pessoas homossexuais ou cuja sexualidade destoa dos padrões heterosexistas predominantes. Para Marcelo Cerqueira, o Brasil precisa “tratar de criar um ambiente de tolerância”. E as denúncias não param por aí.
Uma pesquisa realizada em 2004 pela United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) comprova que apenas 12% dos jovens de Brasília consideram crime humilhar travestis, prostitutas e homossexuais. Cerca de 18% dos jovens estudantes brasileiros considera a homossexualidade uma doença. Nas escolas paulistas, 28% dos estudantes do ensino médio e fundamental não gostariam de ter um/a colega de classe homossexual. Considerando apenas os estudantes do sexo masculino, 41% dos rapazes não toleram colegas gays ou lésbicas. Outra pesquisa da UNESCO de 2007 revelou que uma prática muito difundida entre os adolescentes de classe média de Brasília são as surras que aplicam em travestis e gays. No Distrito Federal, as travestis fazem ponto nos setores Comercial, Hoteleiro e de Diversões, locais com pouca iluminação e deficiente policiamento. Marcelo Kalil, 29 anos, brasiliense, disse que já presenciou este tipo de agressão. “Vi um cara quebrar um taco de beisebol nas costas de uma bicha, pela janela do carro em movimento. Foi uma selvageria”.
Outra pesquisa, desta vez realizada pela Fundação Perseu Abramo em parceria com a fundação alemã Rosa Luxemburgo Stiftung sobre sexualidade e homofobia no Brasil, revelou que 58% dos brasileiros consideram a homossexualidade um pecado contra as leis de Deus. Para 29% dos brasileiros a homossexualidade é uma doença a ser tratada. Para o estudo foram entrevistados 2.014 adultos nas cinco regiões do país, demonstrando que, embora sejamos o país do carnaval e da bunda de fora, o preconceito direto ou velado contra os homossexuais persiste de maneira grotescamente hipócrita, dura e violenta.
Estes são apenas alguns casos de violação dos Direitos Humanos no Brasil e, mais especificamente, dos direitos dos LGBTs em expressar livremente sua sexualidade. O Brasil ao invés de ficar se vangloriando por ser penta campeão de futebol e, por conta disso, achar-se melhor que outros povos, como os nossos vizinhos argentinos, por exemplo deveria cuidar dessas questões de violação e desrespeito. Nuestros hermanos portenhos deram ao mundo não um show de bola, mas, sim, um show de civilidade e de respeito pelos Direitos Humanos. Ponto para eles! O Brasil deveria mirar-se neste espelho, a fim de criar, como disse o presidente do GGB, um ambiente de tolerância onde possa vicejar uma cultura de paz, respeito, dignidade para todos/todas, fortalecendo, desta maneira, nossa democracia (por Coccinelle).
Uma pesquisa realizada em 2004 pela United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) comprova que apenas 12% dos jovens de Brasília consideram crime humilhar travestis, prostitutas e homossexuais. Cerca de 18% dos jovens estudantes brasileiros considera a homossexualidade uma doença. Nas escolas paulistas, 28% dos estudantes do ensino médio e fundamental não gostariam de ter um/a colega de classe homossexual. Considerando apenas os estudantes do sexo masculino, 41% dos rapazes não toleram colegas gays ou lésbicas. Outra pesquisa da UNESCO de 2007 revelou que uma prática muito difundida entre os adolescentes de classe média de Brasília são as surras que aplicam em travestis e gays. No Distrito Federal, as travestis fazem ponto nos setores Comercial, Hoteleiro e de Diversões, locais com pouca iluminação e deficiente policiamento. Marcelo Kalil, 29 anos, brasiliense, disse que já presenciou este tipo de agressão. “Vi um cara quebrar um taco de beisebol nas costas de uma bicha, pela janela do carro em movimento. Foi uma selvageria”.
Outra pesquisa, desta vez realizada pela Fundação Perseu Abramo em parceria com a fundação alemã Rosa Luxemburgo Stiftung sobre sexualidade e homofobia no Brasil, revelou que 58% dos brasileiros consideram a homossexualidade um pecado contra as leis de Deus. Para 29% dos brasileiros a homossexualidade é uma doença a ser tratada. Para o estudo foram entrevistados 2.014 adultos nas cinco regiões do país, demonstrando que, embora sejamos o país do carnaval e da bunda de fora, o preconceito direto ou velado contra os homossexuais persiste de maneira grotescamente hipócrita, dura e violenta.
Estes são apenas alguns casos de violação dos Direitos Humanos no Brasil e, mais especificamente, dos direitos dos LGBTs em expressar livremente sua sexualidade. O Brasil ao invés de ficar se vangloriando por ser penta campeão de futebol e, por conta disso, achar-se melhor que outros povos, como os nossos vizinhos argentinos, por exemplo deveria cuidar dessas questões de violação e desrespeito. Nuestros hermanos portenhos deram ao mundo não um show de bola, mas, sim, um show de civilidade e de respeito pelos Direitos Humanos. Ponto para eles! O Brasil deveria mirar-se neste espelho, a fim de criar, como disse o presidente do GGB, um ambiente de tolerância onde possa vicejar uma cultura de paz, respeito, dignidade para todos/todas, fortalecendo, desta maneira, nossa democracia (por Coccinelle).
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