quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Há qualquer coisa de podre no reino do Blogger?

Censurar. Verbo transitivo direto que significa ato de exercer censura moral, política, estética, religiosa, sexual, entre outras, sobre produção artística ou informativa, espetáculo, idéias, comportamentos, enfim, sobre toda forma de expressão. Utilizada pelo estado ou pelos grupos hegemônicos, a censura tem por objetivo suprimir informações, opiniões e formas de expressão que de alguma maneira ameacem ou contrariem os padrões estabelecidos ou o status quo das camadas dominantes da sociedade. Nessa acepção, a censura nada mais é do que uma ferramenta de manutenção do poder esteja ele localizado nas instâncias governamentais ou nas instâncias mais capilares da vida social.

A censura sempre foi a arma dos déspotas, dos tiranos e dos covardes. Ao longo da história são inúmeros os casos de obras de arte, idéias, comportamentos ou atitudes que foram censuradas seja através de punições legais, como queimar na fogueira as bruxas, que na Idade Média ameaçavam os ideais e padrões do patriarcado; seja através de torturas, prisões, decretos ou banimento deste ou daquele indivíduo ou conteúdo considerado impróprio.

Engana-se quem pensa que a censura é um instrumento de sociedades totalitárias ou de regimes ditatoriais. Nas sociedades contemporâneas, mesmo aquelas regidas por idéias como Direitos Humanos, liberdade de expressão e pelos valores democráticos, a censura também é exercida, de uma maneira muito sutil, é claro, para que a prática não pareça destoar do discurso.

Com o advento da internet muitos acreditam que hoje a censura pode ser contornada ou burlada com mais facilidade, uma vez que a web permite um fácil acesso a dados não subordinados às fronteiras geográficas ou ao controle rígido dos órgãos estatais. Mais um engano. Corre por aí que o Blogger da Google anda censurando blogs de conteúdo lésbico que não contrariam ou infringem nenhuma norma do termo de compromisso da empresa, tampouco dos seus termos de serviço. O que estaria por trás dessa manobra? A proteção aos “navegantes” ou o medo do que as discípulas de Safo têm a dizer? Isso me faz lembrar uma máxima oriunda da tradição de alguns povos idígenas da América do Norte, que aqui adapto ao contexto: será sempre um risco ler histórias assim [repletas de lesbiandades], sobretudo nos períodos em que não cai a neve. Fiquemos de olhos bem abertos (por Coccinelle).

5 comentários:

Papillon disse...

Ei, Pessoas!

Isso é muito importante e dessa vez participação vale OURO!!! Vamos nos unir e fazer a coisa acontecer, AGORA!!! Lembre que sonho que sonhamos juntas tem mais força para ser realizado!!
Estou com você Peh Noir!!

Pessoas, assinem, divulguem, espalhem, comentem e faça valer os direitos de pessoas que trabalham para nos informar, nos divertir e nos fazer companhia nesses blogs maravilhosos....Lembre que o The L Word pode ser o proxímo!!! Já imaginaram que isso é possível...E então estão esperando o quê????

Eu já assinei quem será a proxíma?

Ah, meu blog tá com vocês garotas e já tem selinho!!

O abaixo-assinado é: http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/3338

Anônimo disse...

Foi um prazer conhecer seu cantinho e ler as palavras que escreveste.
Valeu, todas estamos nesta empreitada!!!
Espero que este abaixo assinado resolva abrir a cabeça dos censores!!!

Bel disse...

Olá Cocci,

Como está???
Retorno e te encontro de peito aberto e com bandeira na mão?? rsrsrs
Ok ok Cocci você pode o impossível como abraçar causas que não necessariamente te afetam. Te admiro por isso!!!

bjs e muita saudade!!!

Papillon disse...

Valeu Cocci!!
Viu ,só!! Belzinha escreve de férias para você!!Veja quanta credibilidade!!
Bjs e continuamos na luta!!

Coccinelle disse...

Olá, meninas!!! Fico muito feliz pelos comentários tão carinhosos!Essa causa é nossa! É de todos. Bel, por que essa causa não me afetaria? Quem tem asas deve voar livremente! Beijo a todas!