domingo, 9 de novembro de 2008

O Desejo 2

Ressoa em minhas entranhas, feito o eco na imensidão, uma sonora e silenciosa canção. “Que venha, que venha a hora da paixão”. Mas do que estou a falar? Falo do desejo, essa fome insana que jamais cessa. Apetite voraz, que nos impele à ação. Apetite sensível, que agrada aos sentidos, tato, audição, paladar, olfato, visão. Desejo que atormenta quando o furor não se derrama em deleite. Desejo que alimenta corpo-espírito quando bocas, línguas, mãos, pernas e braços se entrelaçam sem medo, sem razão. Ó agitação de minha alma, a ti meu tesouro foi entregue! Nada mais posso fazer. Só me resta fugir para o inferno, o paraíso do meu ser (por Coccinelle).

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