domingo, 9 de novembro de 2008

Canção da torre mais alta (Arthur Rimbaud)

Que venha, que venha
A hora da paixão.

Tenho tido paciência,
Nunca esquecerei.
Temores e dores
Para os céus se foram.
E uma sede insana tolda as minhas veias.

Que venha, que venha
A hora da paixão.

Estou como o campo
Entregue ao olvido,
Crescido e florido
De joios, resinas,
Ao bordão selvagem
Das moscas imundas.

Que venha, que venha
A hora da paixão.

Tributo a Arthur Rimbaud (vídeo experimental)

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