domingo, 19 de setembro de 2010

Um mil sons ao som do Chico César e do Herbert Vianna

Hoje amanheci assim, com um não sei quê vindo não sei de onde, que se instalou não sei por quê. Um velho sábio das montanhas escaldantes dos sertões me disse certo dia que o nome disso é saudade. Saudade do amor que nunca tive; saudade do meu amor que nem mesmo meu coração sabe quem é. “Como esta noite findará e o sol, então, rebrilhará, estou pensando em você...Onde estará o meu amor? Será que vela como eu? Será que chama como eu? Será que pergunta por mim? Onde estará o meu amor? Se a voz da noite responder onde estou eu, onde está você? Estamos cá dentro de nós, sós...Onde estará o meu amor? Se a voz da noite silenciar, raio de sol vai me levar, raio de sol vai lhe trazer...Onde estará o meu amor”? Tua voz é para mim tão bela quanto o mais belo prelúdio de Chopin. Teu olhar irradia toda luz que faz dos meus dias os mais radiosos. Teu nome faz lembrar o nome do meu desejo contido em um mil sons. Por isso “eu queria ver no escuro do mundo, onde está tudo que você quer pra me transformar no que te agrada, no que me faça ver quais são as cores e as coisas pra te prender. Eu tive um sonho ruim e acordei chorando, por isso eu te liguei. Será que você ainda pensa em mim? Será que você ainda pensa? Às vezes te odeio por quase um segundo, depois te amo mais. Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo que não me deixa em paz. Quais são as cores e as coisas pra te prender? Eu tive um sonho ruim e acordei chorando, por isso eu te liguei”. Será que você está pensando em mim? Em que será que você está pensando agora? Foi por pensar tanto em ti que hoje amanheci assim. Por esta razão, resolvi escrever estas mal traçadas linhas (pour Coccinelle).

Um comentário:

Papillon disse...

Hoje acordamos com boas inspirações...eu também acabei de escrever algo mas que não será publicar aqui no seu cantinho...mas mandarei a outro cantinho conhecido e mais apropriado para o tipo de escrita. Bem, quero dizer que adorei o que vc escreveu e que isso tudo que acabei de ler, no seu cantinho, também me deu saudade de um amor. Sendo que no meu caso é de uma amor conhecido e vivido. O meu coração sabe muito bem quem é o meu amor! Apenas a distância nos separa.
Beijos, Cocci.