Os últimos dias foram bastante agitados. Primeiro o Vaticano anunciou a beatificação do falecido Papa João Paulo II com toda pompa e circunstância. No dia seguinte foi a vez do Barack Obama anunciar, com toda pompa e circunstância também, a morte do Osama Bin Laden, o terrorista mais procurado do mundo. Houve até quem nos Estados Unidos dissesse que a morte do líder da Al-Qaeda foi o primeiro milagre do João Paulo II. Como pode um santo iniciar sua carreira com um assassinato? Eu hein! Gente mais doida! Acho que santos se encarregam de assuntos mais nobres como o amor e o combate à intolerância, por exemplo. Sendo assim, o fato de o Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro ter reconhecido as uniões homoafetivas ou homossexuais como entidades familiares parece ser algo mais digno de um santo. De agora em diante, homens e mulheres que decidirem estabelecer uma união estável com parceiros/as do mesmo sexo não terão mais seus direitos negados, pois o Estado brasileiro deverá reconhecer esse tipo de união da mesma maneira que reconhece outros tipos de uniões entre seres humanos. Como sempre digo, é impossível deter os ventos da mudança. Eles sempre sopram e soprarão quer queiramos ou não. Com a decisão do STF cabe aos fundamentalistas ultra-radicais conservadores enfiar toda sua estupidez e arrogância no saco porque, parafraseando o genial Chico Buarque de Holanda, apesar de vocês, amanhã há de ser outro dia, ou seja, um dia repleto de luz, ornado com as mais belas, suntuosas, esplendorosas e magníficas cores do arco-íris. Agora é continuar a luta pela aprovação do PLC-122 na Câmara Federal. É só uma questão de tempo, pouco tempo, para que o arco-íris encha de beleza os céus do Brasil (pour Coccinele).
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