Mas quem é esse tal William Blake? Um pássaro? Um avião? Talvez um Gênio cuja espada flamejante escancara as portas da percepção. Nascido na Inglaterra em 1757, Blake, esse Gênio genial, é considerado uma das grandes vozes da poesia inglesa. Além de escrever, também pintava e atuava como impressor. Por conta de seus trabalhos de impressão Blake figura como um dos mais importantes gravadores da história da Inglaterra. Morou em Londres, sua terra natal, praticamente por toda a vida. Sua obra está toda impregnada por uma aura mística e religiosa. Aos quatro anos ocorrem as primeiras manifestações de vidência. O então menino avistou a face de Deus em sua janela. Assustou-se e deu um grito. Mais tarde, quando passeava por campos verdejantes, deparou-se com uma árvore repleta de anjos cujas asas refletiam as cores do arco-íris (que belo!) e mais adiante viu o profeta Ezequiel calmamente sentado. Ao relatar suas visões para a mãe, levou uma surra. Aos dez anos foi enviado à escola de desenho. Aos catorze, tornou-se aprendiz do gravador James Basire. Ainda na adolescência, começou a escrever poesia. Em 1782, casa-se com Catherine Sophia Boucher, com quem costumava brincar de Adão & Eva (que maravilha!). Como um bom libertário, que não se prende a convenções que impossibilitam a percepção da vida, ensinou sua esposa a ler e escrever e ambos passam a trabalhar juntos na publicação dos poemas de Blake desde o lançamento da primeira coletânea, Poetical Sketches, de 1783. Ao longo de toda a sua vida, William Blake reclamou sobre a falta de reconhecimento de seu trabalho, mas percebeu logo que não estava só. Escreveu, então, um desabafo: "Até Milton e Shakespeare não puderam publicar seus trabalhos". Notabilizou-se pelos desenhos que fez para ilustrar a Divina Comédia, de Dante, nos quais trabalhou até os últimos dias de vida, que ocorreram em 1827. O essencial, embora invisível, foi vagamente dito. E continuará sendo dito em outras ocasiões mais. Mas quem é mesmo esse tal de Allen Ginsberg que aparece no título dessa postagem? Isso é outra história. Fica para outra ocasião (por Coccinelle).
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