domingo, 12 de julho de 2009

Epístola de São Paulo aos efésios

A mim, o mais insignificante dentre todos os santos, coube-me a graça de anunciar entre os pagãos a inexplorável riqueza de Cristo, e a todos manifestar o desígnio salvador de Deus, mistério oculto desde a eternidade de Deus, que tudo criou.

Que Cristo habite pela fé em vossos corações, arraigados e consolidados na CARIDADE, a fim de que possais, com todos os cristãos, compreender qual seja a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, isto é, conhecer a CARIDADE DE CRISTO, que desafia todo o conhecimento, e sejais cheios de toda a plenitude de Deus.

Exorto-vos, pois – prisioneiro que sou pela causa do Senhor –, que leveis uma vida digna da VOCAÇÃO à qual fostes chamados, com toda humildade e amabilidade, com grandeza de alma, suportando-vos mutuamente com CARIDADE.

Mas a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do DOM DE CRISTO, pelo que diz: Quando subiu ao alto, levou muitos cativos, cumulou de dons os homens (Sal 67,19).

A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores, para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do corpo de Cristo, até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo. Para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitadas por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios enganadores. Mas, pela prática sincera da CARIDADE, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo. É por Ele que todo o corpo – coordenado e unido por conexões que estão ao seu dispor, trabalhando cada um conforme a ATIVIDADE QUE LHE É PRÓPRIA – efetua esse crescimento, visando à sua plena edificação na CARIDADE.

Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor: comportai-vos como verdadeiras luzes. Ora, o fruto da luz é bondade, justiça e verdade. Procurai o que é agradável ao Senhor, e não tenhais cumplicidade nas obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, condenai-as abertamente. Porque as coisas que tais homens fazem ocultamente é vergonhoso até falar delas. Mas tudo isto, ao ser reprovado, torna-se manifesto pela luz. E tudo que se manifesta deste modo torna-se luz. Por isto a Escritura diz: Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará (Is 26,19; 60,1)!

Vigiai, pois, com cuidado sobre a vossa conduta: que ela não seja conduta de insensatos, mas de sábios que aproveitam ciosamente o tempo, pois os dias são maus. Não sejais imprudentes, mas procurai compreender qual seja a vontade de Deus.

“BELEZA É TAMBÉM MULTIPLICAR OS DONS”

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