De acordo com o dicionário, eremita é aquele que vive no deserto, em lugar ermo. A opção por viver sozinho, isolado, longe do convívio social pode resultar de convicções religiosas, de auto-penitência, de misantropia, isto é, aversão ao ser humano, ou pelo simples fato de se amar a natureza e, por esta razão, desejar viver totalmente integrado a ela. Seja como for, o eremita é um buscador. Como bem definiu o escritor argentino Jorge Bucay “um buscador é alguém que busca, não necessariamente alguém que encontra; tampouco é alguém que, necessariamente, sabe o que está buscando, é simplesmente alguém para quem sua vida é uma busca”. Assim são os eremitas, eternos buscadores que estão sempre a buscar seja paz de espírito ou, simplesmente, o lilás do arco-íris. É precisamente essa a temática do Poema Falado desse mês, que marca, entre outras coisas, o início de mais um outono nos meus já adiantados dias. Boa áudio-leitura (por Sílvio Benevides).
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