Ele faz parte de um grupo de 25 profissionais do sexo que até o dia 27 de agosto estiveram reunidos em Brasília para discutir o direito à saúde e prevenção de DST entre a categoria. “Vir aqui é o melhor jeito de lutar pelos nossos direitos. O pessoal das ONGs não sabe o que acontece na rua. A gente fala para eles, mas eles não vivem isso na pele, todo dia”, explica Anderson Soares, de 25 anos, que trabalha na área há mais de dez anos.
A preocupação de Harry com as DST aumentou quando, há um ano, o irmão de 27 anos descobriu que tinha contraído o vírus da AIDS. “Quando você vê com os outros, percebe o problema; mas, quanto acontece com alguém da sua família, alguém próximo, tudo desaba. Eu miro na experiência dele para não passar pelo mesmo”, afirma.
No caso de Anderson Soares, o cuidado só veio depois do diagnóstico positivo para gonorreia por duas vezes, depois dos 18 anos. “Agora, sempre uso camisinha e faço o teste de HIV de seis em seis meses”, garante o profissional, que mora em Natal (RN).
O Encontro de Trabalhadores Sexuais Masculinos (Entrasex) contou com a participação de representantes do governo e de movimentos sociais. Segundo diretor-adjunto do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, o evento teve o objetivo de determinar os problemas que o grupo enfrenta e, com ele, desenvolver estratégias para incluí-lo nas políticas de direitos humanos.
“Essa parte da população [profissionais do sexo] é muito encoberta, invisível. Nós precisamos ouvi-la também. E, no caso do homem, é muito importante porque geralmente ele não procura serviço de saúde, só quando tem alguma infecção”, afirma Barbosa (Fonte: Agência Brasil).
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