Nós nos movimentamos pela vida porque temos motivos para isso. Sem motivação não pode haver movimento. Sem movimento, não há vida (por Coccinelle).
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E a vida o que é? Diga lá, Gonzaguinha!
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O que significa sensibilidade? É possível ter uma sensibilidade muito acentuada e ao mesmo tempo não ter nenhuma? A arte desenvolve a sensibilidade de quem a produz e de quem a contempla? Perguntas nem sempre possuem respostas. E se respostas há, elas por vezes são meras especulações, cujo mérito é tão somente o de nos fazer refletir.
Sinopse – Em Paris, em 1885, a jovem escultora Camille Claudel entra em conflito com sua família burguesa ao tornar-se aprendiz e, depois, assistente do famoso Auguste Rodin. Quando ela se transforma em amante do mestre (que já é casado), cai em desgraça junto à sociedade parisiense, embora tenha amigos do porte do compositor Claude Debussy. Depois de quinze anos de tortuoso relacionamento com Rodin, Camille rompe o romance e mergulha cada vez mais na solidão e na loucura. Por iniciativa de seu irmão mais novo, o escritor Paul Claudel, é internada em 1912 num manicômio.
Existem diversos tipos de fenômeno. Dos naturais aos políticos, passando pelos econômicos e de interesse científico. Mas aqui vou falar dos indivíduos cujas raras qualidades os fazem ser fenomenais, isto é, excepcionais e admiráveis, seja por seus feitos ou atitudes.
O maior de todos, pode-se dizer, foi o nadador Michael Phelps. Nascido aos 30 de Junho de 1985, em Baltimore-EUA, Michael Fred Phelps II é hoje o maior atleta olímpico de todos os tempos. Em Beijing quebrou vinte e oito recordes mundiais e conquistou o maior número de medalhas de ouro (oito) numa só edição na história dos Jogos Olímpicos, totalizando dezesseis medalhas em três edições dos Jogos Olímpicos dos quais participou, Sydney (2000), Atenas (2004) e Beijing (2008). Com esse total, só lhe falta o recorde olímpico absoluto, pertencente à ginasta da ex-União Soviética, Larissa Latynina, com dezoito. Isso sim é fenômeno! Aliás, olhando bem o corpanzil do gajo, não se pode negar que ele seja mesmo um fenômeno! E que fenômeno!
Outro atleta fenomenal que Beijing revelou ao mundo em 2008 foi o australiano Matthew Mitcham. Com muita precisão, técnica e habilidade, o jovem atleta das piscinas de apenas 20 anos conquistou nos saltos ornamentais uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos da China. Como assim uma?! Se o compararmos ao Michael Phelps isso não é nada! Calma, nem todos se tornam fenomenais pelos mesmos motivos. Não que ganhar uma medalha nos Jogos Olímpicos, seja de ouro prata ou bronze, não seja por si só algo fenomenal. Estar entre os melhores dentre os melhores do mundo não é um feito para qualquer um. Entretanto, o jovem Matthew Mitcham se destacou também por suas atitudes fora das raias. Ele foi o único atleta homossexual assumido a atuar nessa última edição dos Jogos Olímpicos. De acordo com a revista Época (30/05/2008), o rapaz, poucas semanas antes dos Jogos, “assumiu ser gay numa entrevista para um jornal de Sydney e contou que quase se aposentou das piscinas quando era adolescente por causa de uma profunda depressão. Quem o ajudou a renascer na profissão nove meses depois foi seu namorado, Lachlan”. O jovem atleta também andou criticando o primeiro ministro australiano, Kevin Rudd, por ele achar que o casamento deve acontecer tão somente entre um homem e uma mulher. “Essa opinião é digna de uma pessoa com a mente fechada”, declarou o rapaz. Santa atitude, Batman! Pois é, ser fenomenal não é para qualquer um. Mas está ao alcance de todos. (por Coccinelle).

Outro dia me perguntaram sobre quem é Coccinelle. Muitos não entendem porque presos estão, ainda, a padrões conceituais cunhados em passado remoto. Para esclarer, segue a tradução da música COMING, tema do filme ORLANDO (1992), dirigido por Sally Potter. Essa música é a tradução de Coccinelle.